quarta-feira, 10 de abril de 2019

QUEM É AFRODITE? DUAS VERSÕES SOBRE A ORIGEM DE AFRODITE


Afrodite governa todos os aspectos do amor, desejo, sexo e beleza. É a rainha do riso e a senhora do prazer. Esta Deusa irradia a energia de dar e receber amor.
Afrodite é erótica, linda, desinibida, cobiçada, desejável e o amor em si. Ela é a deusa que simboliza sexo, paixão, amor e nudez sem vergonha; paixão em todos os aspectos - arte, música, dança e celebração.
Possivelmente, o presente mais valioso que Afrodite nos concede é a habilidade para atrair, conectar e entrar em um relacionamento. Uma vez que Afrodite influencia um relacionamento, seus poderes vão além do amor romântico e sexual para incluir amizade profunda, compreensão, harmonia e conexão das almas.
O nascimento de Afrodite é cheio de excitação! O que você espera de uma Deusa do amor? Não há sempre um pouco de entusiasmo quando o amor nasce? 

As Duas Versões sobre a Origem de Afrodite


Nesta versão, que se passa duas gerações antes de Zeus, o pai de Afrodite é Urano, o deus do céu, que reinava com sua esposa Gaia, a deusa da terra. Urano odiava seus filhos e os escondia nas profundezas da terra, até que Gaia, odiando seu marido, pediu a seu filho Cronos que, durante o sono de Urano, cortasse seus genitais com uma foice. As partes cortadas caíram no oceano e a agitação das ondas quebrando contra os genitais criava espuma, da qual a linda Afrodite surgiu, já adulta, sobre uma concha de vieira. 

Os ventos de Zéfiro, deus do vento oeste, levaram Afrodite através do mar, para Cítera e então para Chipre. Lá, Afrodite foi recebida pelas Graças, que a vestiram e adornaram com joias e então a levaram para os Imortais, no Monte Olimpo.

Mas, apesar de seu início violento e salgado, a jovem deusa, ao emergir do mar para a terra árida e seca, testemunhou um milagre: brotos e flores verdes brotando sob seus pés.

Essa é a versão de Hesíodo, um dos primeiros poetas gregos, segundo o qual a origem do nome de Afrodite vem da palavra grega aphros, que significa "espuma", que pode se referir à espuma do mar ou ao sêmen de Urano. 


Na Grécia antiga, Cítera e Chipre eram duas cidades que tinham enormes cultos a Afrodite. De fato, o templo de Afrodite em Chipre é tão antigo quanto o século XII aC, muito antes de Hesíodo viver; aqui ele usa detalhes geográficos para explicar por que ela era adorada nessas duas cidades.

A chegada de Afrodite ao Monte Olimpo causou muita agitação, todos os deuses queriam se casar com ela e as deusas estavam ansiosas para que ela se casasse com alguém (qualquer um que não fossem seus próprios maridos). Foi Hefesto, o deus do fogo e dos metais, quem tomou Afrodite como sua esposa. Segundo a lenda, Hefesto era feio e coxo (ele quebrou as pernas quando seu pai o expulsou do céu por ele ser tão repulsivo), mas era um deus muito engenhoso e, sendo ferreiro, foi capaz de presentear Afrodite com muitos presentes bonitos.
Um dos presentes foi um cinto mágico que tornou Afrodite irresistível a todos os mortais e imortais. Como previsto, Afrodite, com o cinto amarrado à cintura, partiu para experimentar os poderes.
Afrodite teve muitos romances com mortais e imortais, mas permaneceu devotada a cada um de seus amantes com todo o seu coração. A razão por trás disso pode ser por ela não ter tido infância e nunca ter aprendido a lidar com um relacionamento. Sua crença era de que nenhuma mulher deveria ficar e morrer virgem. Portanto, ela alegremente ajudava os homens a encantar mulheres com feitiços de amor. Belicosa, punia implacavelmente aqueles que a irritavam.
De seu romance secreto com o deus Ares, teve Phobos (deus do medo) e Deimos (deus do terror). Geralmente acompanham Ares em uma batalha, causando medo e terror antes da destruição.
Haviam também Eros (amor), Anteros (anti-amor), Himeros (desejo sexual), Pothos (anseio) e Harmonia (concórdia). No entanto, para cada um deles, existem muitas fontes conectando-os a outras origens e linhagem. Por exemplo, de acordo com Hesíodo, Eros é um deus primitivo e não há referência a ele por Homero.
Quando Afrodite e Ares foram acorrentados na cama por Hefesto para exibir o adultério aos deuses, ela teve o apoio de Poseidon, o deus do mar, que os libertou das correntes. Em gratidão, ela acasalou com ele e lhe deu uma filha, Rhodos, uma ninfa do mar, da ilha de Rodes. Ela também teve um rápido caso com Dionísio, deus do vinho e do prazer, e deu à luz Príapo (deus menor da fertilidade). Ela também foi seduzida por Hermes e deu à luz Hermafrodito (deus menor da bissexualidade e efeminação). Ao contrário de outros deuses, exceto Ares, Afrodite foi quem tomou iniciativa quando se tratou de Nerites, um jovem deus do mar. Ela estava tentando seduzi-lo e prestes a consegui-lo, até que pediu a ele que se juntasse a ela no Olimpo. Quando o deus recusou, ela, por vingança, transformou-o em um marisco.
Entre seus amantes mortais, o mais notável foi Adônis, belo rapaz que regia o renascimento cíclico. Seu ciclo era anual em que ele vivia, morria e renascia e, portanto, nunca envelhecia. Quando Adônis nasceu pela primeira vez, ele foi levado por Afrodite, que ficou tão obcecada por ele quando chegou à infância, que ela começou a negligenciar seus deveres como deusa. Portanto, ela o confiou a Perséfone, para ser cuidado no Submundo e escondido do resto das deusas e mulheres. Perséfone, no entanto, também se apaixonou por Adônis e se recusou a devolvê-lo quando Afrodite veio reivindica-lo. Sua briga tornou-se tão feroz que Zeus teve que intervir e determinar que Adônis passaria quatro meses com Perséfone e quatro meses com Afrodite e os demais meses ele estaria livre do assédio das deusas. Um dia, quando Adônis passava seu tempo aos cuidados de Afrodite, ele foi para uma floresta onde Ares, sob a forma de javali selvagem, perfurou-o com suas presas, por ciúme. Adônis então passou para o reino dos mortos, onde Perséfone o recebeu de braços abertos. Mas Afrodite foi atrás dele e outra briga acalorada começou entre as deusas, sobre quem tinha a posse de direito sobre ele neste caso. Zeus mais uma vez interviu e elas concordaram que ele passaria meio ano com Afrodite e meio ano com Perséfone. Afrodite também pôs os olhos no semideus ateniense, Faetonte. Ela o levou para a Síria e fez dele um guardião de seu templo e lhe deu um filho, Astino. Outro de seus amantes foi um argonauta chamado Boutes. Ela o salvou em sua viagem para o Velocino de Ouro, quando ele adormeceu e caiu na água. Ela o levou para a Itália como seu amante e lhe deu um filho, Eryx. Ela também seduziu o príncipe Anquises, transformando-se na princesa Frígia e o fez ter relações sexuais com ela por duas semanas seguidas. Afrodite deu a ele dois filhos, Enéas e Lyrus.

Na segunda versão de nascimento de Afrodite, ela é filha de Zeus, neto de Urano e filho de Cronos. Como Cronos, Zeus derrubou seu pai para se tornar governante do céu. Nesta história, a mãe de Afrodite é a deusa Dione, cujo nome talvez seja uma forma feminizada do epíteto alternativo de Zeus, Dios.
O poeta grego Homero, contemporâneo de Hesíodo, subscreveu esse segundo mito da origem de Afrodite, posteriormente absorvida no panteão romano como a deusa Vênus. Neste papel, a ela é creditada a fundação de Roma através de seu filho mortal, Enéias. Ela também aparece como a sogra cruel no épico romântico de Cupido e Psiquê, de Apuleio, e tem papéis importantes em muitos outros mitos.

Versões diferentes de Afrodite para os gregos

Por causa das histórias dicotômicas de origem de Afrodite, há alguma confusão sobre ela entre os escritores gregos e romanos. No Simpósio de Platão, os personagens discutem as diferenças entre Afrodite Urania, que significa "Afrodite Celestial" e Afrodite Pandemos ou "Afrodite Comum".


Afrodite Celestial é a filha de Urano. Ela inspira o amor entre dois homens e o amor ao aprendizado e à sabedoria. Homens que estão sob o feitiço de Afrodite Comum, no entanto, não têm preferência entre amar mulheres ou homens. Interessado no corpo e não na alma, o amor deles é base e sem inspiração. Essa interpretação, no entanto, é exclusiva de Platão. Em Atenas, onde Afrodite era adorada com o título “Pandemos”, não se pensava que ela presidisse o amor de base, mas sua qualidade de ser comum significava que estava envolvida em assuntos cívicos.

COISAS SAGRADAS À ELA:

Os símbolos de Afrodite são a concha de vieira, o golfinho, pombas, cisnes, maçãs, romãs e rosas. As cores das velas para rituais a Afrodite são vermelha ou laranja. Outros símbolos são quaisquer objetos que simbolizam o amor. Aromas associados a ela são olíbano, baunilha e camomila. No entanto, no ritual, você pode usar sua imaginação. Pense amor, pense em fogo, e pense suave, furtivo, sedoso, sensual, almiscarado e você está evocando o espírito de Afrodite. A energia de Afrodite é fortalecida pelos chakras do coração e da garganta. 
Para estimular o chakra do coração em você ou no seu amante, massageie a área sobre o coração com óleo de rosa, delicadamente circulando as pontas dos dedos no sentido anti-horário, com os olhos fechados. Visualize o coração, forte e saudável, abrindo e irradiando o tom de verde mais rico e vibrante da Terra. Quando o chakra do coração se abre, o chakra da garganta responde. A sinergia entre esses dois centros sutis de energia cria uma comunicação expressiva e compassiva entre você e seu amante. Você está liberado da incapacidade de compartilhar seus pensamentos; você não se sente mais auto-consciente. O chakra da garganta vibra em um tom de azul mais brilhante e é ativado pelo aroma de lavanda e camomila.
Afrodite governa o amor, sexualidade, sensualidade, desejo, jardins, casamento, fertilidade, guerra, vitória, afeição, encontros, afrodisíacos, natureza, beleza física, liberdade sexual.
Evoque Afrodite para atração, paixão, beleza, vitória, fertilidade, luxúria, batalha, regeneração, erotismo, feitiços de amor, beleza física, magia sexual, liberdade sexual e a santidade do casamento. Ela também pode ser evocada para atrair amor, dominar amantes, proteger marinheiros, desrespeitar convenções, apaixonar-se, aumentar a autoestima, sobreviver ao casamento com um parceiro inadequado e para amar e deixar um homem. Seus símbolos incluem a concha de vieira, concha espiral, espelho, favo de mel e hexágono.

DEUSA AFRODITE

Seu nome significa “Descuidada” ou “sem-composição” em grego antigo. Ela é frequentemente retratada como uma jovem mulher vaidosa, de incrível beleza, com longos cabelos dourados e crespos, nua, com um corpo perfeito em todos os sentidos e infinitamente desejável, por deuses e mortais. Geralmente é acompanhada de seu filho alado, o deus Eros (significa Amor). Conta-se que o lendário escultor Pigmaleão fez uma estátua de Afrodite em marfim e a chamou de Galatéia. Como ele nunca havia encontrado uma mulher digna de seu amor, apaixonou-se por sua estátua. Afrodite teve pena dele e deu vida à estátua para que ele pudesse se casar com ela.
Afrodite também esteve envolvida no início da Guerra de Tróia. No casamento do rei Peleus com Thetis, a ninfa do mar, Éris, a deusa da discórdia e da rivalidade, por não ter sido convidada, jogou uma maçã de ouro sobre a mesa do banquete e proclamou que pertencia aquela que fosse a mais bela. Afrodite, Hera e Atena começaram uma disputa; Zeus não podia decidir porque as três lhe eram queridas e passou a decisão para um homem mortal bonito chamado Páris. Atena e Hera lhe prometeram poder e glória enquanto Afrodite lhe prometeu o amor eterno da mais bela mulher mortal da Terra, que parecia ser Helena de Esparta, que já era casada com Menelau. Páris escolheu Afrodite, seqüestrou Helena, a levou para Tróia e se casou com ela. A fúria de Menelau foi o catalisador da guerra. Afrodite apoiou Páris durante a guerra e convenceu seu amante Ares a ficar ao lado dela e dos troianos.


ARREBATAMENTO SEXUAL 

O festival de Afrodite chamava-se Afrodísia, celebrado em Atenas. Suas sacerdotisas não eram prostitutas, mas mulheres que personificavam a deusa. A relação sexual com elas era considerada um dos métodos de adoração, e é por isso que o nome de Afrodite costuma ter rumores de prostituição sagrada em torno dele. Alguns a acusaram de não ser apenas a deusa do amor, mas uma cortesã e a deusa padroeira das prostitutas.
Os romanos apropriaram Afrodite para si durante a conquista das cidades gregas do sul da Itália peninsular, como Pesto, e, em seguida, na Sicília, onde a deusa foi venerada em Siracusa.
Vênus pode ter sido a deusa sucessora de uma divindade etrusca em um ponto muito cedo na história romana. No entanto, o conceito romano de Vênus e seus mitos são baseados nas obras literárias da mitologia grega em relação a Afrodite. Vênus é um substantivo latino que significa amor sexual ou desejo sexual.
Vênus (em grego: Afrodite; babilônica: Ishtar), era a deusa romana do amor, da beleza, do mar e da agricultura, padroeira dos jardins e das vinhas. Encarregada com a proteção da castidade em mulheres e meninas. O planeta Vênus é um dos planetas mais brilhantes conhecidos pelos antigos. É o segundo planeta perto do Sol, o objeto mais brilhante do céu. Vênus era adorada nas ilhas de Chipre e Cítera, filha de Júpiter, dois de seus amantes eram Vulcano e Marte, e, como Afrodite, teve muitos casos com deuses e mortais. Vênus foi comparada à deusa Afrodite e se identificou com muitas deusas estrangeiras. Vênus era filha de Dione, esposa de Vulcano e mãe de Cupido. Vênus foi a padroeira do ditador Sila, ela foi nomeada ancestral da família (Iulian) do imperador Augustus e Júlio César. César introduziu o culto de Vênus Genetrix, a deusa da maternidade e do casamento, ele construiu um templo em seu nome em 46 a C. Ela foi homenageada no templo de Marte Ultor. O imperador Adriano construiu o último grande templo de Vênus, em 135 EC. O mais antigo templo de Vênus remonta a 293 a C, foi inaugurado em 18 de agosto. A representação mais famosa de Vênus é a estátua, conhecida como “Vênus de Milo” (c, 150 a C), e a pintura “O Nascimento de Vênus”, de Sandro Botticelli.