quarta-feira, 29 de maio de 2019

O QUE É WICCA; O RETORNO DA DEUSA

"No início as pessoas oravam para a Criadora da Vida.
 No alvorecer da religião, Deus era mulher." (Merlin Stone) 

"Venham bruxos, é lua cheia.
A roda se forma, a luz passeia
Venham, venham, o rito honrar.
Que sou Senhora do que virá!

Venham bruxos, a lua é alta.
O cone se ergue, a noite é calma.
Mãos unidas, todos se calam.
Os feitiços na noite vagam.

Dancem bruxos, na lua cheia!
Venham comigo, na lua cheia!
Sou a Senhora da lua cheia!
Sou os sonhos da lua cheia!

Venham bruxos, a lua chama
A roda se forma, a noite clama
Juntem as mãos, façam magia
A noite é nossa, a lua é minha!

Dancem bruxos, na lua cheia!
Venham comigo, na lua cheia!
Sou a Senhora da lua cheia!

Sou os sonhos da lua cheia!"


O QUE É WICCA?

Wicca (nome alternativo para o ressurgimento do paganismo ou a arte da feitiçaria moderna, também conhecida por "A Arte") é uma religião telúrica positiva, de natureza xamanística, com duas deidades reverenciadas e adoradas em seus ritos: a Deusa (o aspecto feminino e deidade ligada à antiga Deusa Mãe em seu aspecto triplo de Virgem, Mãe e Anciã) e seu consorte, o Deus Chifrudo (o aspecto masculino). Seus nomes variam de uma tradição wiccana para outra, e algumas delas usam nomes de deidades diferentes, tanto em seus graus mais elevados como nos inferiores.
A Wicca inclui a prática de várias formas de magia branca (com propósitos de cura ou para neutralizar a negatividade) e ritos para harmonização pessoal com o ritmo natural das forças da vida marcadas pelas fases da lua e pelas quatro estações do ano.

Muitas pessoas que se definem
como Pagãs utilizam essa palavra como termo ge-
nérico para as "religiões naturais e nativas, em
geral politeístas, panteístas e também para seus adeptos".

Paganismo é um nome genérico que se refere às religiões politeístas, panteístas e animistas, ou seja, religiões que respeitam a natureza como um ser divino, que possui espírito e cultuam vários Deuses e Deusas, como: o Druidismo, o Reconstrucionismo Celta, o Odinismo, entre outras.

             Em termos simples, Wicca é uma religião positiva,                 baseada na natureza, que prega o amor fraterno e
a harmonia, e o respeito por todas as formas de
vida. É muito semelhante à espiritualidade dos
nativos americanos. Suas origens estão no início
do desenvolvimento humano da religião: dei-
dades animistas gradualmente assumem uma
nova definição, transformando-se em Deus ou
Deusa de toda a Natureza. Esse Deus ou essa
Deusa — sob nomes diferentes em épocas e locais
diferentes — pode ser encontrado em quase to-
dos os sistemas religiosos históricos do mundo.
O Paganismo não se opõe e nem nega qualquer
outra religião. Ele é, simplesmente, uma fé pré-
cristã.

A palavra "PAGÃO" vem do latim "paganus", que é aquele que mora no "pagus", no campo, na Natureza. Assim, pode-se dizer que, em termos religiosos, o Paganismo é o culto e o respeito às forças da Natureza. Para o Pagão, toda a Natureza é viva, é Sagrada - e seus deuses e deusas refletem essa crença, oferecendo conforto e equilíbrio àqueles que compreendem o real significado de se respeitar a Natureza. 
Em alguns casos, o termo pagão é empregue como sinônimo de não-cristão - o que é um grande erro, pois assim se incluiriam religiões como o Judaísmo, o Islã e outras, as quais não possuem componentes distintamente "pagãos" no sentido real da palavra - ou seja, de respeito à Natureza. Em outros verbetes, um "pagão" é aquele que ainda não foi batizado no cristianismo. Em outros mais, os termos "paganismo" e "ateísmo" são confundidos, pois ateu é aquele que não crê em nada, não possui religião - bem diferente da noção de paganismo enquanto caminho religioso.
 Mas quem são os pagãos? Originalmente, esse termo era empregue para diferenciar os seguidores das religiões da Terra, dos muitos deuses e deusas da Natureza. É este o sentido que adotamos quando utilizamos o termo "paganismo". Assim, costumamos nos referir às culturas pré-cristãs da Europa e das Américas (apenas como exemplos clássicos) como "culturas pagãs". Poucas pessoas hoje em dia ainda mantêm um contato direto com as tradições originais do Paganismo, daí a necessidade de se diferenciar o Paganismo original - surgido na Antigüidade - do novo paganismo, representado por diversas correntes recentes. Para que tal diferenciação seja bem clara e cristalina, muitos autores e pesquisadores optam por utilizar o termo neo-pagão, ou seja, os novos pagãos - aqueles que seguem tradições filosófico-espirituais inspiradas nos ensinamentos e valores das Antigas Religiões.

A maioria dos Pagãos parece concordar com
várias dessas crenças comumente sustentadas:

l- A divindade é imanente ou interna, bem
como transcendente ou externa. Isso é expresso
com frequência nas frases Tu és Deus e Tu és
Deusa'.

2- A divindade costuma manifestar-se
sob a forma feminina, o que resultou num grande
número de mulheres atraídas para essa fé e ingres-
sando no clero. 

3- Uma multiplicidade de deuses
e deusas, como deidades individuais ou como
facetas de um ou de alguns arquétipos, originou
sistemas de lógica de valores múltiplos e aumen-
tou a tolerância em relação às outras religiões.

4- O respeito e o amor pela Natureza como algo
divino por direito próprio fazem da conscientiza-
ção ecológica e dessa atividade uma obrigação
religiosa. 

5- Descontentamento com as organizações religiosas
 monolíticas e desconfiança em
supostos messias e gurus. Isso dificulta a organização 
entre os Pagãos, mesmo "para o seu próprio bem",
 e leva a mutações constantes e ao
crescimento do movimento. 

6- A convicção de
que os seres humanos foram feitos para viver
vidas repletas de alegria, amor, prazer e humor.
Os conceitos ocidentais tradicionais de pecado,
culpa e retribuição divina são vistos como uma
interpretação errada das experiências naturais
de crescimento. 

7- Um simples conjunto de ética
e de moralidade para evitar prejudicar outras
pessoas. Uns ampliam esse conceito para alguns
ou todos os seres vivos e o planeta como um todo.

8- O conhecimento de que, com treinamento e
intenção apropriados, as mentes e os corações
humanos são totalmente capazes de realizar toda magia 
e milagres de que, provavelmente,
necessitarão por meio do uso dos poderes psíquicos naturais
 que todos possuem. 

9- A importância da conscientização 
e celebração dos ciclos
solar e lunar e também de outros em nossas
vidas. Isso provocou uma investigação e a re-
novação de vários costumes antigos, e, também,
uma pesquisa sobre alguns novos. 

10- O mínimo
de dogma e o máximo de ecletismo. Isso significa
que os Pagãos relutam em aceitar qualquer ideia
sem uma investigação pessoal e que desejam
adotar e usar qualquer conceito que considerem
útil, independente da sua origem. 

11- Uma grande fé na capacidade das pessoas 
de resolverem seus próprios problemas atuais em todos
os níveis, públicos e particulares. Isso conduz
a... 
12- Um total compromisso com o crescimento, 
evolução e equilíbrio pessoais e universais. 
Espera-se que os Pagãos realizem esforços
intermitentes nessas direções. 

13- Crença em
que cada um pode progredir para atingir esse
crescimento, essa evolução e esse equilíbrio me-
diante alteração cuidadosamente planejada da
sua consciência, utilizando tanto os métodos an-
tigos como os atuais para auxiliar em concentra-
ção, meditação, reprogramação e êxtase. 

14- O conhecimento de que a interdependência 
humana implica uma cooperação de comunidade.
 Encoraja-se os Pagãos a utilizarem seus talentos
para se ajudarem ativamente e também a comunidade. 

15- A conscientização de que, se quiserem
 atingir qualquer um de seus ideais, deverão
praticar o que pregam. Isso os leva a observarem
e adotarem um estilo de vida consistente com as crenças naquilo que proclamam.


A base lógica da Wicca repousa sobre dois princípios fundamentais: a Teoria dos Níveis, e a Teoria da Polaridade.


A Teoria dos Níveis sustenta que a realidade existe e opera sobre muitos planos (físico, etérico, astral, mental, espiritual, para dar uma lista simplificada porém geralmente aceita); que cada um destes níveis tem suas próprias leis; e que estes conjuntos de leis, enquanto que especiais para seus próprios níveis, são compatíveis uns com os outros, com sua mútua ressonância governando a interação entre os níveis. 
A Teoria da Polaridade sustenta que toda atividade, toda manifestação, surge da (e é inconcebível sem) interação dos pares e opostos complementares – positivo e negativo, luz e trevas, conteúdo e forma, masculino e feminino, e assim por diante; e que esta polaridade não é um conflito entre ‘bem’ e ‘mal’, mas uma tensão criativa como aquela entre os terminais positivo e negativo de uma bateria elétrica. Bem e mal são gerados apenas através da aplicação construtiva ou destrutiva do resultado daquela polaridade (novamente, como em relação aos usos para os quais uma bateria pode ser empregada). A Teoria dos Níveis descreve a estrutura do universo; a Teoria da Polaridade descreve sua atividade; e estrutura e atividade são inseparáveis. Juntas, elas são o universo. 




O RETORNO DA DEUSA (Edward Whitmont)

Na rasante de um desenvolvimento cultural que nos levou ao impasse do materialismo científico, da destrutividade tecnológica, do niilismo religioso e do empobrecimento espiritual, ocorreu um fenômeno espantoso. Um novo mitologema está emergindo em nosso meio e pede para ser integrado a nossas referências contemporâneas. Trata-se do mito da antiga Deusa que governou a terra e o céu antes do advento do patriarcado e das religiões patriarcais. Agora a Deusa está retornando. Negada e suprimida durante milhares de anos de dominação masculina, reaparece num momento de intensa necessidade, pois caminhamos pelo vale das sombras da aniquilação nuclear, e é fato que tememos o mal. Ansiamos por amor, segurança e proteção, e temos muito pouco desse conforto. A violência no seio de nossas sociedades ameaça nos dominar inteiramente. A própria Mãe Terra foi pressionada ao limite máximo de sua resistência. Por quanto tempo ainda terá condições de enfrentar o vandalismo das políticas industrial e econômica que nos regem? A época do patriarcado está se esgotando. E que novo padrão cultural assegurará à humanidade o ressurgir das esperanças de uma vida para a Terra?

Em meio a convulsões e transições monumentais, a Deusa está voltando. Os papéis masculinos e femininos tradicionais de nossa sociedade estão sendo desafiados. As mais antigas divindades da destruição e da guerra foram femininas, não masculinas: Inanna; Anath; Ishtar; Sekhmet; Morrigan; Kali; PalIas; BeIlona. Exerciam domínio sobre o amor e também sobre a guerra. Seus atributos eram tanto a castidade como a promiscuidade, a maternalidade provedora assim como a sangrenta destrutividade. Mas não se importavam em absoluto com conquista e expansão de territórios: obsessões masculinas. Aquelas deusas regiam o ciclo da vida em todas as suas fases: nascimento, crescimento, amor, morte e renascimento. É evidente que nosso ciclo de vida, ameaçado como está atualmente, precisa mais uma vez do minucioso acompanhamento divino. Das profundas camadas da psique inconsciente, a Deusa está vindo à tona. Reclama demonstrações de reconhecimento e homenagem. Se nos recusarmos a reconhecer sua presença, ela pode desencadear forças destrutivas, mas se lhe prestarmos as honras que lhe são devidas, pode orientar-nos afetuosamente enquanto trilhamos a senda da transformação.

A Deusa é a guardiã da interioridade humana. O patriarcado regula os elementos externos do comportamento humano, mas desvaloriza o instinto, os sentimentos e sensações, a intuição, a emoção individualizada, e as profundezas do feminino, exceto quando estão a serviço do coletivo. É muito significativo que "afeminado" tenha sido cunhado como termo pejorativo. Dentro da nova orientação, cada pessoa precisa descobrir sua fonte interior de consciência autêntica e diretriz espiritual, precisa localizar a divindade interna. Na tentativa de se orientar, as pessoas se vêem dilaceradas entre a paixão e a razão, entre o desejo e a obrigação, o pessoal e o coletivo, o apelo do novo e a cobrança do velho. Os muitos indivíduos que rejeitaram as normas coletivas refluem para o niilismo moral, o cinismo ou a conduta anti-social pura e simples. Uma malograda busca da interiorização é o que está por trás do tão execrado narcisismo contemporâneo. A vinda da Deusa não implica rejeição da ética, mas a emergência de uma nova ética, que se funda muito mais solidamente na consciência individual.

A mente moderna pode considerar uma peculiaridade arcaica ou pagã as referências a deuses e deusas. No entanto, são noções arquetípicas de grande força. Embora não sejam objetos literais, essas representações simbólicas são reais e poderosas. Não são pessoas, mas personalidades. Emergem como configurações energéticas provenientes de níveis muito profundos do nosso mundo interior e têm o poder de trazer respostas tonificadoras, que estão além do alcance do pensamento apenas abstrato.

“Em todas as eras anteriores a nossa, acreditou-se em deuses de uma forma ou outra. Somente urn empobrecimento sem precedentes do simbolismo poderia nos permitir considerar os deuses como fat ores psiquicos, ou seja, como arquetipos do inconsciente. Não há dúvida de que essa descoberta ainda não é plenamente aceita”. C.G. JUNG

São forças arquetípicas presentes em ambos os sexos, conquanto em proporções diversas. Os homens não são meramente masculinos, tampouco as mulheres estritamente femininas. Ambos têm que integrar o outro em si mesmos; ao homem, cabe integrar sua feminilidade inconsciente, ou anima, como Jung a denomina, e à mulher cabe integrar sua masculinidade inconsciente, o animus. Quando essas forças estão em equilíbrio, a personalidade também alcança a mesma medida de equilíbrio.

O período ginecolátrico (de reverência ao feminino) provavelmente se estende desde o remotíssimo passado da Idade da Pedra até a Idade do Bronze. A mudança em direção a uma decisiva predominância dos valores masculinos talvez tenha ocorrido em algum momento do segundo milênio antes de Cristo. Este é o começo da era heróica, quando o ferro foi aos poucos substituindo o bronze. Marca também o declínio daquela que mais tarde será descrita como a era mitológica, quando as divindades masculinas substituíram a imagem da grande Deusa como objeto central de adoração. Durante o período ginecolátrico, o mundo é mágico.  É governado pelo poder da Grande Deusa. Ela é ao mesmo tempo mãe e filha, donzela, virgem, meretriz e bruxa. É a senhora das estrelas e dos céus, a beleza da natureza, o poder nutriente da terra, a fertilidade, a provedora de todas as necessidades, e também o poder da morte e o horror da decadência e da aniquilação. Dela tudo procede e a ela tudo retorna. 

A Deusa é assistida (ou inclui) por um consorte masculino, um bode fálico ou com chifres duplos, ou um deus-touro, geralmente repartido em figuras gêmeas de machos que lutam, se matam e se sucedem. Em representações posteriores, como na do mito de Édipo, eles aparecem como um par formado de pai e filho. Posteriormente, são retratados como animais gêmeos; por exemplo, duas serpentes. Complementam-na e servem-na nos papéis de filho, amante, parceiro, companheiro de folguedos e vítima do sacrifício. Seus ciclos de nascimento, morte e renascimento encarnam as intermináveis marés da existência física.

O culto da Grande Deusa atinge seu desenvolvimento máximo na mitológica Idade do Bronze. As forças divinas, intrínsecas à natureza e ao mundo dos objetos, são adoradas. Acredita-se que elas se manifestam nos corpos humanos, nos animais, nas plantas, nas pedras, na terra, no céu e nas estrelas. "Os antigos", como observou Sócrates, "não tinham a pretensão de serem mais inteligentes do que outros seres e estavam muito bem preparados para ouvir uma pedra ou um carvalho, caso essas criaturas estivessem falando a verdade." Esse culto é o auge do animismo e da religião panteísta da natureza. A palavra homem nesse uso antigo, referia-se ao que hoje denominamos humano. Não se restringia ao sexo masculino exclusivamente.


“Eu te invoco e te chamo, Poderosa Mãe de todos nós, portadora de toda criação; pela semente e raiz, pelo botão e caule, pela folha e flor e fruto, pela vida e amor, eu te invoco à descer sobre o corpo desta(e) tua(teu) serva(o) e sacerdotisa(te). Benditos sejam meus pés, que me conduziram nestes caminhos. Benditos sejam meus joelhos, que se dobrarão sobre o altar sagrado. Bendito seja meu útero/falo, sem o qual eu não existiria. Benditos sejam meus seios (meu peito), formados em beleza (formado em força). Benditos sejam meus lábios, que pronunciarão os Nomes Sagrados”. (Auto iniciação na Bruxaria)

A(o) bruxa(o) sempre foi alguém rebelde espiritual, uma pessoa fora do contexto social, uma pessoa que inverte e se opõe; uma prática mágica que poderia curar e amaldiçoar. Também eram pessoas que literalmente viviam "além dos limites".
Muitos entram no Antigo Caminho porque não se encaixam em outros lugares, porque estão fugindo de dogmas, muitos entram pelo aceitar em face à muitos preconceitos que existem na humanidade, muitos entram para ir contra o sistema. Uma coisa importante a ser dita, o caminho da Arte não é refúgio. O caminho da Arte é difícil e implica em mudanças enormes em ser. O caminho da Arte não é modismo, mesmo porque é antiquíssimo. Os Antigos pedem o despertar de quem realmente tem a plena consciência do que há para ser desperto. O tão famoso 'religare' se dá na união de sua essência com a teia cósmica. Não é fácil e nem é trabalho para uma existência. Sacrifício significa ofício sagrado, ou seja, não é de vez em quando, não é quando você se lembra, não é em datas específicas, é inerente ao seu quotidiano. Como você vive o seu dia a dia? Você leva para suas atitudes seus ensinamentos? Ou acha que Bruxaria é fazer magia quando teu calo aperta? Ou olhar para lua quando está cheia? Ou celebrar a Roda porque existe calendário? É o seu respirar totalmente conectado aos ciclos, é fazer do dito mundano uma expressão do sagrado, é correr em suas veias o alimento do teu espírito. O almejar não é o grau mais alto, o almejar é seguir ao lado dos Deuses e isso é tão difícil, mas tão difícil que muito poucos conseguem. Ser bruxo é ter as mãos calejadas, é ter seu corpo não como templo de beldade ou de padrões, ele é seu primeiro templo, o que há por fora é o espelho do que dentro corre, então não pode ser fútil. A manifestação que queres possuir não acontece de uma hora para outra. Se é poder o que almejas, saibas que esse poder tem que estar manifestado dentro de ti com muito trabalho e determinação, pois não é o poder doente manifestado na sociedade. Não adianta se dizer do Antigo Caminho se dentro de ti as necessidades estão contidas dentro do vício tóxico que o ser humano se tornou. Não é ir contra o sistema, é estar inserido nele, mas consciente de que não és parte dele. Difícil, não? Ninguém disse que seria fácil e, se disse, desconfie, pois não é.