domingo, 20 de outubro de 2019

AS FADAS


Na tradição celta, típica da literatura anglo-saxão, as

fadas não são as mediadoras perfeitas entre os anjos e os humanos,

como se chegou a assegurar na Europa por volta do século XVII. 

As mais afamadas pertencem a uma mesma espécie de seres

sobrenaturais, ainda que variem em tamanho, atributos morais,

origem, tempo de vida e poderes, o que as leva a ser 

freqüentemente confundidas com aparições fantasmagóricas ou 

com mulheres praticantes de magia.

A ciência das fadas é vasta e diversa. Apareceu e alcançou sua

maior força durante a Idade Média, e é desse período que se origina

costume de não chamá-las por seus nomes nem retratar suas 

efígies; ao contrário, são referidas e invocadas por meio de 

eufemismos como "os bons vizinhos", "a boa gente", "Elas", "a 

corte bendita" ou, simplesmente, "os seres estranhos". 

Algumas são solitárias, outras diminutas como insetos ou enormes

como girafas; algumas vivem no País Encantado e são fiandeiras, 

tais como as Parcas, ou evocam deuses degenerados; umas são 

espíritos da natureza, enquanto outras, as que se agrupam sob o 

nome de brownies, caracterizam-se por trajar túnicas verdes. 

Alguns narradores asseguram que, sem distinção de sexo, as

brownies não eram aceitas jamais no País das Fadas por causa de 

seu aspecto sujo e maltrapilho, e que somente podiam ser 

recebidas na Corte Bendita quando ali se apresentassem 

decorosamente vestidas.

Ninguém poderia negar que, desde tempos imemoriais, as fadas

povoaram particularmente as ilhas britânicas, e que tanto na Irlanda

como na Escócia habitaram os bosques lado a lado com duendes,

gnomos ou elfos, cujas aventuras completam a vida poética 

daquelas culturas. Seus afazeres enchem livros enormes. Longe de

desaparecerem, ressurgem em nosso tempo nas enciclopédias e nos

mais variados relatos modernos, porque ninguém se atreveria a 

negar que, em se tratando de horrorizar, de assombrar e de 

maravilhar, essas criaturas ensejam ocasiões inesgotáveis. É graças 

a elas que a vida se livra do tédio e o mundo adquire uma luz 

diferente e sempre cativante. 

É possível que tanto a fada de Cinderela como outras  proviessem 

do ramo de fadas-madrinhas de origem celta que, ao se adaptarem 

à cultura cristã, abandonaram sua origem pagã e agreste para 

assumir o papel protetor de amadrinhar, que costuma ser

ratificado pela bênção do batismo. 

Não é fácil para o homem comum ver as fadas. Elas aparecem ou

desaparecem a seu bel-prazer, ainda que os entendidos afirmem 

que, por meio de um trevo de quatro folhas ou mediante o uso do 

célebre unguento das fadas - composto precisamente desses trevos-,

encanto que elas impõem sobre os sentidos humanos se dispersa; 

que, uma vez tocado o olho com o medicamento, a vista pode 

penetrar os disfarces que as ocultam. Dizem também os sábios que 

os resultados de seu poder somente podem ser anulados por um 

sopro do alento de outra fada, ou pela cegueira do olho imposta por

vingança ao curioso, que o deixa imerso em trevas por se haver 

atrevido a ter com elas.

Certas pessoas dotadas podem vê-las sem sua permissão, mas

estas não são pessoas comuns. Devem possuir a "segunda visão", 

que consiste do dom de desvendar somente os acontecimentos 

presentes ou passados, embora algumas possam também prever 

eventos futuros.

Há videntes capazes de anunciar acontecimentos lúgubres, 

misteriosos ou tristes; outros enxergam os relacionados com a bem-

aventurança, mas é apenas o encantamento que conduz o 

privilegiado ao País das Fadas.

É esse e não outro o prodígio que realizam essas criaturas que

nenhuma tecnologia pôde substituir, pois em seu caudal de 

aventuras perdura a fé na existência de um mundo intermediário 

entre o conhecido e o sobrenatural, entre a voz dos bosques e o 

chamado -sempre fascinante e comovente - de uma palavra capaz 

de transformar a desdita em felicidade e de administrar castigos

 àqueles que transgridem as leis naturais. 

As Fadas já encontram-se em um processo de transição entre os elementos Terra e Ar, pois embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos, ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas junto à natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual, adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas e templos.


Elementais, Espíritos da Natureza

Elemental é todo e qualquer espírito que crê-se existir na natureza.  Todo princípio divino, após emanar-se do "Absoluto", deve iniciar seu processo de desenvolvimento incorporando-se à matéria. Essa incorporação, segundo os princípios platônicos da Metempsicose acontece consoante a uma ordem estabelecida. Os princípios divinos devem iniciar sua jornada no mundo material incorporando-se inicialmente ao reino mineral. Após o aprendizado neste reino, o princípio divino deve passar ao seguinte estágio, ou seja, ao reino vegetal. Após concluir o aprendizado do reino vegetal, o princípio divino deve passar ao estado animal, e, posteriormente, ao estado humano. Também são conhecidos como personagens fictícios, que representam seres da natureza e que seriam capazes de controlar os elementos e os representar. São eles: Silfos ou sílfides, Fadas - elementais do ar; Salamandras - elementais do fogo; Ondinas - elementais da água; Gnomos - elementais da terra; Ice - elementais do gelo.

Os celtas prestavam culto de devoção às árvores, às fontes, às pedras e acreditavam em fadas, duendes e seres sobrenaturais, conhecidos atualmente por nós como seres elementais ou espíritos da natureza. Vários textos nos chegam até hoje graças à tradição oral, dos quais se conservaram em forma de poesias ou cantigas, as lendas e os mitos deste povo.

Os Elementais são seres sagrados, que respondem à alegria, o amor e a sinceridade dos nossos sentimentos mais puros. Uma vez que tenhamos feito uma conexão com estes seres, seja através de uma simples meditação ou por meio de alterações de consciência, estaremos interagindo em um mundo de manifestação superior da criação, intimamente ligado à criatividade, à cura e à construção de atmosferas mais sutis e harmoniosas.

Elementais são criaturas simples e, como os seres humanos, estão evoluindo rumo a níveis mais elevados da consciência cósmica, dentro de sua hierarquia no reino elemental. Os elementais estão intimamente ligados, cada qual com o seu elemento de origem e são encarregados pelo equilíbrio de vários segmentos da natureza, assim como de todas as atividades que ocorrem ao redor do planeta.

Os antigos sabiam disso, desde os mitos relacionados aos atlantes, que já mencionavam a utilização dessa conexão da natureza, para fazerem com que as formas elementais se manifestassem ao seu favor. Os elementais apenas imitam tudo aquilo que o homem emana através de suas vibrações. Estes seres são simples, de certa forma muito ingênuos e por vezes acabam sendo influenciados pelo próprio desequilíbrio do homem, atingindo negativamente a sua natureza amorosa.

Dentro da hierarquia cósmica existem os reinos: elemental, angélico e humano, formando uma trilogia divina que corresponde à alquimia do Universo, sendo que o mundo do pensamento pertence aos elementais, que auxiliam na concretização dos padrões mentais estabelecidos pelo homem.

O mundo do sentimento pertence à essência dos anjos ou guardiões, que irradiam sua pureza de sentimentos mais elevados da criação. E o mundo da ação ou da palavra falada, pertencente ao homem, que atua através da sua posição vibratoriamente, criando formas ou padrões mentais.

Mas como acreditar em algo que nem sempre pode ser comprovado cientificamente? Alguns elementos podemos ver, sentir, tocar, mas e os outros? Como explicar o ar que respiramos ou a inspiração que nos chega para a escrita ou para a arte em geral?

Comprovadamente existem três dimensões conhecidas como: comprimento, largura e espessura, assim como sabemos que toda matéria animada ou inanimada possuem sua própria energia ou quatro formas de ação, sendo elas: coesão ou força que une as partículas, adesão ou força que se opõe à separação de dois corpos diferentes, atração ou força que aproxima os corpos materiais, e repulsa ou força, que repele dois corpos materiais.

Já no campo místico existe uma quarta dimensão de natureza vibratória, que separa a realidade material da realidade espiritual, sendo esta de uma percepção mais sutil, que vai além do tempo e do espaço. Podemos dizer que a nossa consciência pode se deslocar no tempo e ter acesso ao passado e ao futuro, independente da linha do tempo em que se vive no momento presente.

Além disso, o homem possui uma consciência objetiva ligada aos cinco sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato, assim como funções subjetivas ligadas: a memória, imaginação e ao raciocínio de um modo geral, além de uma percepção extra-sensorial chamada intuição.

Essa tal de intuição é que nos conecta a consciência cósmica, da qual muitos recebem informações das leis naturais, da inteligência divina e elemental. Como disse Leonardo da Vinci: “São fúteis e cheias de erros as ciências que não nasceram da experimentação, mãe de todo conhecimento”.

ESPÍRITOS ELEMENTAIS SEGUNDO O KARDECISMO

Gnomos ou duendes existem? Divaldo Franco responde. ⠀  

- Divaldo, existem os chamados espíritos elementais ou espíritos da Natureza? 

– Sim, existem os espíritos que contribuem em favor do desenvolvimento dos recursos da Natureza. Em todas as épocas eles foram conhecidos, identificando-se através de nomenclatura variada (gnomos, duendes, etc), fazendo parte da Mitologia dos povos e tornando-se alguns deles, “deuses” que se faziam temer ou amar. ⠀ 

- Qual o estágio evolutivo desses Espíritos? 

– Alguns são de elevada categoria e comandam os menos evoluídos, que se lhes submetem docilmente, laborando em favor do progresso pessoal e geral, na condição de auxiliares daqueles que presidem aos fenômenos da Natureza. Esses Espíritos apresentam-se com formas definidas, como por exemplo, fadas, duendes, gnomos, silfos, elfos, sátiros, etc? 

– Alguns deles, senão a grande maioria dos menos evoluídos, que ainda não tiveram reencarnações na Terra, apresentam-se não raro, com formas especiais, de pequena dimensão, o que deu origem aos diversos nomes nas sociedades mitológicas do passado. Acreditamos, pessoalmente, por experiências mediúnicas, que alguns vivem o período intermediário entre as formas primitivas e hominais, preparando-se para futuras reencarnações humanas. 

- Que tarefas executam? 

– Inumeráveis. Protegem os vegetais, os animais, os homens. Contribuem para acontecimentos diversos: tempestades, chuvas, maremotos, terremotos... interferindo nos fenômenos “normais” da Natureza sob o comando dos Engenheiros Espirituais que operam em nome de Deus que “não exerce ação direta sobre a matéria, ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos” como responderam os Venerandos Guias a Kardec, na questão 536 b de O Livro dos Espíritos. ⠀