RITUAL DE HÉCATE PARA LUXÚRIA

Pétalas de rosas vermelhas, vela vermelho-escuro ou prateada, incenso sangue-de-dragão ou ylang.

Faça na noite de véspera da Lua Nova.

Faça o ritual completamente despido(a) e sem adornos.

Espalhe as pétalas ao seu redor; visualize um círculo de luz, dizendo:

"Evoco aqui a vibração de Hecate para guiar minha magia esta noite."

Visualize o círculo luminoso girando ao seu redor.

Segure a vela com ambas as mãos, visualizando o seu desejo, sob a forma de energia, fluindo para a vela. Então diga:

"Eu, (seu nome), lanço a força do meu querer sobre (nome completo de quem você deseja).

Agora ele/a tem pensamentos, desejos e sonhos de luxúria desenfreada e paixão por mim.

Assim digo, assim é e será."

Ponha a vela no meio do círculo, acenda-a e diga:

"Acendo esta chama e selo a magia, que já está em movimento, sem recair sobre mim."

"Eu vos agradeço, Hecate! Em paz tu viestes, em paz tu retornas agora. Assim seja".

Visualize o círculo luminoso perdendo a força e desaparecendo. Espalhe as pétalas. Se precisar, apague a vela sem soprar e guarde-a. O ritual está encerrado.

SOBRE HECATE

Origem: Grécia (originalmente Trácia).

Hoje, Hécate é reconhecida como sendo grega, porém ela é natural da Trácia, que, na antiguidade, ocupava o que hoje é o sudeste da Europa ou, mais precisamente, o sudeste da Bulgária (que era o norte da Trácia), o nordeste da Grécia (que era a Trácia ocidental) e a parte europeia da Turquia (que era Trácia oriental). A maior parte da Trácia era o que hoje é a Bulgária.

Mais tarde, ela foi absorvida não apenas pelo panteão grego, mas também pelo panteão romano.

Alguns equiparam suas origens às da deusa egípcia parteira Heqit, Heket ou Hekat que, diz-se, evoluiu de heq ou matriarca tribal do Egito pré-dinástico. Em outras palavras, uma mulher sábia que comandava todos os hekau ou “palavras de poder”. Heqit entregou o deus do sol todas as manhãs. Seu totem era o sapo, o símbolo do feto.

Hécate era filha do Titã Perses e do Titã Asteria, embora mais tarde seu parentesco tenha sido dado a Zeus e Hera. Ela não era uma atleta olímpica, mas era considerada uma Titã.

Atributos: Magia, feitiçaria, sabedoria, eternidade, proteção, profecia.
Símbolos: Encruzilhada, tocha, cachorro, lua encoberta, chave, círculo, caldeirão.
Cor: Preto.

Hecate (ou Hécate) representa três aspectos da Deusa como Donzela, Mãe e Anciã.
É padroeira dos feiticeiros, deusa da magia, feitiçaria, da noite sem luar, espíritos errantes, necromancia. 
Com a tocha acesa e seus cães espectrais, era adorada nas interseções de três caminhos.
Embora alguns a tenham demonizado como uma feiticeira má, muitas culturas a têm considerado sábia e poderosa.

Certifique-se de chamá-la apenas na Lua Cheia, quando a Lua estiver minguando, e nas noites escuras, pouco antes da Lua Nova.

Você pode pedir a ajuda dela em assuntos de magia, feitiçaria, bênçãos, sonhos, cura, purificação, profecia, reencarnação, magia lunar, trabalho psíquico e feitiços com caldeirão.
Mas sua mais poderosa magia está associada com profundas transformações.

Não evoque Hecate com frequência, e não tenha pensamentos negativos quando o fizer, mantenha-se positivo e puro em pensamentos: como Hecate tem um lado escuro, se ela sentir algo assim em você, ela pode explorar isso.

Hecate é muito simples de trabalhar e muito ativa, ela responde ao seu chamado, e uma vez evocada, não é fácil dispensá-la.

Quando evocar esta deusa escura, é provável que ela lhe dê o que ela acha que você precisa, mais do que aquilo pelo que você pediu, então é melhor fazer como a maioria dos bruxos fazem, pedir somente pelo que ela acha que você precisa.
Pense bem antes de chamar esta deusa: isto poderia iniciar uma vida de serviço a ela.
Se usar velas para evocá-la, preto, branco e prateado mantem o seu poder.

Hécate, também conhecida como padroeira das bruxas e uma das Deusas mais cultuadas nos lares de Athenas, na Grécia antiga, exerce influencia na bruxaria e em espíritos, isso mesmo um dos seus epítetos comanda o submundo, As representações gregas mais antigas mostram a deusa com apenas uma face, e não com a forma tripla. Farnell aponta “a evidência dos monumentos em relação ao caráter e significância de Hécate é quase tão completa quanto da literatura. Mas é só no período mais tardio que ela começa a expressar sua natureza múltipla e mística”.

O monumento mais antigo conhecido é uma pequena terracota encontrada em Atenas, com uma dedicação a Hécate, no estilo de escrita do século VI a.C. A deusa aparece sentada em um trono com uma grinalda em torno de sua cabeça, mas sem qualquer atributo ou caractere, e o único valor desta obra, que é de um tipo evidentemente geral e tem uma referência especial e nome meramente da inscrição, é que ela prova que a forma simples como sendo a mais antiga, e datando seu conhecimento em Atenas para antes da invasão persa.

A Deusa é amplamente adorada por wiccanos, estes que a adoram em sua forma tripla, a Donzela, a Mãe e a Anciã. Hécate sendo representante das forças do Sagrado Feminino, juntamente com o Deus Cornífero wiccano, representante das forças do Sagrado Masculino.

Vale ressaltar que assim como Hekate seu equivalente romano é a Deusa Trivia, na Roma Antiga, era a deusa das “encruzilhadas assombradas, cemitérios e deusa da feitiçaria e bruxaria, ele vagava à noite e foi notada apenas pelo latido dos cães que denunciaram sua aproximação.”

Ela foi uma deusa-titãnide do submundo que ajudou Júpiter na Titanomaquia e, portanto, foi capaz de manter seus poderes. Ela era amiga de Ceres e a ajudou a encontrar sua filha Proserpina (cujo pai era Jupiter). Como parte de seu papel como deusa do submundo, ela era conhecida como Rainhas dos Fantasmas. Embora tenha ajudado Ceres a encontrar sua filha, foi também conhecida por roubar jovens donzelas para ajudá-la em seus poderes. Essas donzelas mais tarde se tornaram as ninfas.

Seu nome ajuda a entender a etimologia da palavra “trivial”, sendo formada por “tri” (três) + “via” (via), ou seja, a encruzilhada entre três vias que forma o local comum, ordinário, de conhecimento geral, trivial.

Representações da Deusa:

Tochas Gêmeas, corpo triplo, chaves cordas e facas.

Melhores oferendas:

Teixo, cipreste, aveleira, álamo negro, mirra, algalha, pão, ovos, queijo e Mel.

Provavelmente, a oferta tradicional mais conhecida para Hecate é o Deipnon ou “Ceia de Hecate”. Estas são oferendas de refeição realizadas a cada mês lunar, na Lua Nova (Escura) para honrar Hécate, aplacar os espíritos errantes em Seu séquito e fazer expiação por qualquer ato errado. Nos tempos antigos, o Deipnon consistia em três partes; a refeição, o sacrifício (normalmente um cachorro preto) e a purificação por meio de fumigação (incenso) e limpeza de todas as sobras.

Para a refeição, ofereça-lhe algo doce, como mel, maçãs ou figos. Uma carne como cordeiro ou peixe, ou ovos. Ela também é encontrada no alho, na romã e no vinho tinto. Hoje não fazemos mais sacrifícios de animais, porém podemos oferecer a Hécate outra forma dessa oferenda mensal. “Sacrifícios” apropriados seriam uma oferta queimada de uma de suas muitas árvores sagradas, como teixo, cipreste, aveleira, choupo preto, salgueiro ou qualquer incenso como mirra ou cânfora. Ela também gosta de Moon Blood (sangue menstrual). Por fim, limpe sua casa com incenso e khernips (água salgada abençoada). É mais tradicional realizar esta cerimônia em uma encruzilhada de três caminhos.

Outra forma de honrar e dar oferendas regulares a Hécate é com hekataia, pequenos altares domésticos para ela. Normalmente colocado na porta da frente, mas pode estar em qualquer lugar da casa, como no jardim. Hekataia apela para Seu aspecto como guardiã da casa e guardiã das chaves. Você pode fazer pequenas oferendas ou orações nesses altares diariamente ou quando passar por eles indo ou saindo de sua casa.

 Equívocos Comuns de Hécate

Muitos dos equívocos de Hécate são baseados nos estereótipos amedrontadores e depreciativos de bruxas e outras mulheres poderosas. Outras são interpretações do século XIX que muitos pagãos modernos e fãs de mitologia assumem como representações muito mais antigas. Que fique claro que Hécate é, de fato, uma deusa feiticeira, a Deusa da Bruxaria e da Magia. Não há maldade inerente nisso, ou qualquer coisa para se temer. Hécate impõe respeito.

Por sermos menos propensos a aprender sobre ela na escola do que podemos aprender sobre os deuses do Olimpo, muitos assumem que ela é uma divindade “menor”. Isso não é verdade. Ela é pré-olímpica, uma Titã de 2ª geração que ficou do lado dos olimpianos na grande guerra (a Titanomaquia) e por isso, é amada pelos olimpianos e homenageada até mesmo por Zeus. Hecate tem associação com o submundo e, portanto, com a morte. No entanto, Ela não é macabra ou sanguinária. Ela também não é a Morte ou um prenúncio da morte. Ela é a guia das almas, iluminando seu caminho para o descanso eterno com Suas tochas gêmeas. Ela também usa Suas tochas e Suas chaves para proteger famílias e crianças e guiar os viajantes nas muitas encruzilhadas da vida.

Hecate tem muitas sacerdotisas famosas, embora nem sempre tenham tido a melhor imprensa. Medea de The Argonautica e Circe de The Odyssey são ambas descritas como bruxas, sacerdotisas de Hecate. Às vezes é assumido que, porque Hécate é uma deusa da bruxaria (e também do parto), ela é uma divindade feminina. Hécate não discrimina e acolhe discípulos de todos os gêneros.

Quando representada com três cabeças, ou três corpos, Hécate é vista como uma das muitas deusas triplas ou três em uma. Normalmente, essa trindade é a Donzela-Mãe-Anciã, e nos tempos modernos, presume-se que Hécate faz parte do antigo guardião da sabedoria. No entanto, nos tempos antigos, Ela era freqüentemente mostrada como uma mulher mais jovem, mais contemporânea em idade à Mãe. A imagem da Velha foi uma influência da representação de uma bruxa como uma mulher idosa ou para encaixá-la na trindade do MMC?

Algumas pessoas associam Hécate e suas conexões com a noite, magia e morte, com o conceito do mal. Parte disso pode ser devido a uma lente cristianizada que tende a ver os aspectos sombrios da vida como “ruins” ou “do diabo”. Mas sabemos que o dia precisa da noite, a vida e a morte são um continuum e não há magia boa ou ruim, apenas usuários de magia com intenções positivas ou negativas. Assim como existem divindades da água, que podem alimentar uma civilização ou eliminá-la com uma inundação, o domínio de Hécate sobre a magia e a feitiçaria também é benigno. Ela não é “má”, nem é totalmente “boa”. Essas são qualidades humanas. Hécate… é.

Representada carregando uma tocha que ilumina o Inconsciente, ela é simbolizada como três figuras femininas ou uma figura com a cabeça de três cachorros ou às vezes com as cabeças de um cavalo, um cachorro e um javali. Os cães certamente estão associados a ela, embora o cavalo e o javali também possam ser considerados totens dela.

De todas as Deusas tríplices, Ela é a que mais se destaca. Para os romanos, ela era Diana, Proserpina, Hecate. Para os gregos, ela era Ártemis, Perséfone, Hécate. Outros ainda a reconheceram, na trindade da Rainha do Céu, como Hebe, a Virgem, Hera, a Mãe, Hécate, a Anciã. Seja como for, ela é uma deusa do céu, da terra e do submundo.

Mais conhecida como a Deusa da Encruzilhada, é aqui que todos eventualmente chegamos e nos deparamos com três opções: esquerda, direita ou em frente . Os gregos e os romanos colocaram Sua estátua em uma encruzilhada e oferendas de comida, chamadas de “Ceia de Hécate” , foram levadas lá na calada da noite na véspera da Lua Cheia. Quando você fez isso, você se afastou sem olhar para trás. Ninguém queria enfrentar essa Deusa cara a cara!

As escolhas às vezes são difíceis e não custa nada ter uma ajudinha.

Gostaria de compartilhar com vocês duas invocações a Hécate exatamente para esse propósito:

“Salve, grande Hécate! Deusa da Lua,

Deusa das bruxas no ringue dançante,

A ti todos os caminhos devem nos levar, tarde ou logo –

O fim, e o começo, de todas as nossas andanças.

Tu ofereces a escolha sem fim –

Esquerda, direita ou adiante, todo caminho é teu.

Ó grande Hécate, deixe-nos ouvir a tua voz!

Isqueiro das trevas, dê-nos um sinal!”

Ou, mais para o indivíduo:

Hécate,

estou nesta encruzilhada,

Olhando para o meu futuro.

Através de tua orientação

Meu caminho é aberto

E meu caminho iluminado.

Donzela, Mãe e Anciã,

ajudem-me a navegar por esta jornada de transição.

Ao buscar Sua ajuda, na Lua Nova, com fins e começos que você deseja que aconteçam:

Hécate! Hécate! Hécate!

Rainha de todas as bruxas,

deusa da lua negra

e do submundo.

Tu que és dispensador de toda a justiça,

E presides à morte física do homem, A

Ti nós invocamos nesta noite de Lua Nova –

Que o encerramento e o início de todos os assuntos

que devem acontecer,

Sejam feitos sob a orientação da tua sabedoria.

Salve, Lua Nova, salve a ti!

Seu festival anual, em 13 de agosto, na Grécia, era de apaziguamento, feito para evitar tempestades que pudessem destruir a colheita, que eles consideravam enviada pela Lua nessa época do ano.

Foi durante o início da Idade Média que Hécate ficou conhecida como Rainha das Bruxas e também dos fantasmas. As autoridades da Igreja Católica a diabolizaram afirmando que aqueles que patrocinavam Hécate, particularmente as parteiras, eram uma perigosa ameaça à sua fé.

Hécate é a Mãe das Trevas e muitas vezes é vista ocupando Seu lugar no Norte de um Círculo – aquele lugar que simboliza a estação do inverno, quando as noites são mais longas. Muitas vezes ela também é designada para o planeta Saturno, pois ela é uma professora severa enquanto ainda é a compassiva sábia, avó, parteira.

Salve Senhora das Encruzilhadas,

Da sabedoria duramente conquistada,

Conceda-me Tua bênção,

Purifica meu coração,

E ensina-me a Verdade de minha alma.

Mostre-me que a morte é apenas o Portal para a Vida.

Seja abençoada.